domingo, 3 de outubro de 2010

Dificuldades na Sala de Aula

Este Blog tem como objetivo apresentar algumas dificuldades na aprendizagem visando compartilhar experiências e trocas de informações com pais, professores e alunos.
          No Brasil as estatísticas mostram que aproximadamente 15 milhões de pessoas apresentam algum tipo de necessidade especial.

O termo 'dificuldade de aprendizagem' começou a ser usado na década de 60 e até hoje na maioria das vezes é confundido por pais e professores como uma simples desatenção em sala de aula ou 'espírito bagunceiro' das crianças. Mas a dificuldade de aprendizagem refere-se a um distúrbio que pode ser gerado por uma série de problemas cognitivos ou emocionais que pode afetar qualquer área do desempenho escolar.
A dificuldade mais conhecida e que vem tendo grande repercussão na atualidade é o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), porém é necessário estarmos atentos a outros sérios problemas: disgrafia, discalculia, disfalia, disortografia e o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).

 
Dislexia: é a dificuldade que aparece na leitura, impedindo o aluno de ser fluente, pois faz trocas ou omissões de letras, inverte sílabas, apresenta leitura lenta, dá pulos de linhas ao ler um texto, etc. Estudiosos afirmam que sua causa vem de fatores genéticos, mas nada foi comprovado pela medicina.
O filme “Como Estrelas na Terra, Toda Criança é Especial”, é uma ótima opção para os interessados em saber mais sobre a Dislexia. O filme conta a história de um garoto que sofre com dislexia e custa a ser compreendida, ele já repetiu uma vez o terceiro período  e corre o risco de repetir de novo. As letras dançam em sua frente, como diz, e não consegue acompanhar as aulas nem focar sua atenção. Seu pai acredita apenas na hipótese de falta de disciplina e trata Ishaan com muita rudez e falta de sensibilidade. Após serem chamados na escola para falar com a diretora, o pai do garoto decide levá-lo a um internato, após a internação o garoto entra em depresão. Lá ele conhece professor substituto de artes que mudará sua vida.


Discalculia: é a dificuldade para cálculos e números, de um modo geral os portadores não identificam os sinais das quatro operações e não sabem usá-los, não entendem enunciados de problemas, não conseguem quantificar ou fazer comparações, não entendem seqüências lógicas e outros. Esse problema é um dos mais sérios, porém ainda pouco conhecido.

Disfalia: é a dificuldade na emissão da fala, apresenta pronúncia inadequada das palavras, com trocas de fonemas e sons errados, tornando-as confusas. Manifesta-se mais em pessoas com problemas no palato, flacidez na língua ou lábio leporino.

TDAH: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um problema de ordem neurológica, que trás consigo sinais evidentes de inquietude, desatenção, falta de concentração e impulsividade. Hoje em dia é muito comum vermos crianças e adolescentes sendo rotulados como DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção), porque apresentam alguma agitação, nervosismo e inquietação, fatores que podem advir de causas emocionais. É importante que esse diagnóstico seja feito por um médico e outros profissionais capacitados.

Você tem Disgrafia? E disortografia? Sabe o que é?

Bom, a disgrafia é também chamada de letra feia. Será que todo médico é disgráfico? A disgrafia ocorre em pessoas que possuem uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar se lembrar, ela escreve muito lentamente o que acaba unindo de forma inadequada as letras, tornando a letra ilegível. Algumas pessoas com disgrafia possuem também uma disortografia (amontoa letras para esconder os erros ortográficos). Mas lembre-se: a disgrafia não está associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual.
Suas características são:

- - Lentidão na escrita.
- - Letra ilegível.
- - Escrita desorganizada.
- - Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves.
- - Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial.
- - Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda da folha.
- - Desorganização das letras: letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas, omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos contrários à escrita (um S ao invés do 5 por exemplo).
- - Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita alongada ou comprida.
- - O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares.
- - Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.

Para ser considerado disgráfico, a pessoa apresenta diversas características destas citadas acima.
Podemos encontrar dois tipos de disgrafia:
 Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever.
Disgrafia perceptiva: não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases. Possui as características da dislexia sendo que esta está associada à leitura e a disgrafia está associada à escrita.

Como se dá o tratamento?
O tratamento requer uma estimulação lingüística global; um atendimento individualizado e atividades complementares à escola.
Os pais e professores, por sua vez, devem evitar repreender a criança.
Reforçar o aluno de forma positiva sempre que conseguir realizar uma conquista.
Na avaliação escolar dar mais ênfase à expressão oral.
Evitar o uso de canetas vermelhas na correção dos cadernos e provas.
Conscientizar o aluno de seu problema e ajudá-lo de forma positiva.



Dicas para Lidar com Crianças Hiperativas na sala de aula:

PERGUNTE À CRIANÇA O QUE PODE AJUDAR Estas crianças são sempre muito intuitivas. elas sabem dizer a forma mais fácil de aprender, se você perguntar. Elas ficam normalmente temerosas em oferecer informação voluntariamente porque isto pode ser algo muito ousado ou extravagante. Mas tente o sentar sozinho com a criança e perguntar a ela como ela pode aprender melhor. O melhor especialista para dizer como a criança aprende é a própria criança. É assustadora a freqüência com que suas opiniões são ignoradas ou não são solicitadas. Além do mais, especialmente com crianças mais velhas, tenha certeza de que ela entende o que é HIPERATIVIDADE. Isto vai ajudar muito a vocês dois.

Lembre-se de que as crianças com HIPERATIVIDADE necessitam de estruturação. Elas precisam estruturar o ambiente externo, já que não podem se estruturar internamente por isso mesmos. Faça listas. Crianças com HIPERATIVIDADE se beneficiam enormemente quando têm uma tabela ou lista para consultar quando se perdem no que estão fazendo. Elas necessitam de algo para fazê-las lembrar das coisas. Eles necessitam de previsões. Eles necessitam de repetições. Elas necessitam de diretrizes. Elas precisam de limites. Elas precisam de organização.

Procure a qualidade ao invés de quantidade dos deveres de casa. Crianças HIPERATIVIDADE frequentemente necessitam de uma carga reduzida. Enquanto estão aprendendo os conceitos, elas devem ser livres. Elas vão utilizar o mesmo tempo de estudo e não vão produzir nem mais nem menos do que elas podem.

Esforce-se e não se dê satisfeito, tanto quanto puder. Estas crianças convivem com o fracasso, e precisam de tudo de positivo que você puder oferecer. O fracasso não pode ser superenfatizado: estas crianças precisam e se beneficiam com os elogios. Elas adoram o encorajamento. Elas absorvem e crescem com isto. E sem isto elas retrocedem e murcham. Frequentemente o mais devastador aspecto da HIPERATIVIDADE não é HIPERATIVIDADE propriamente dita e sim o prejuízo à auto-estima. Então, alimente estas crianças com encorajamento e elogios.

Para saber mais acesse: http://www.rota83.com/50-dicas-para-lidar-com-a-hiperatividade-na-sala-de-aula.html

Um comentário:

  1. Qual a referência, na literatura branca, que você utilizou para a definição de "Disfalia"? Desde já, agradeço.

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